Atenção para a ozonioterapia

A ozonioterapia demonstra excelentes resultados no tratamento de diferentes doenças

Redação NBE

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14/04/2021
Atenção para a ozonioterapia Adobe Stock/NBE

3 min de leitura

Mais recentemente a técnica ganhou repercussão negativa após ser divulgado que poderia ser usado no combate ao Covid e que uma das formas de tratamento da ozonioterapia era via retal. O tema virou chacota e a Ozonioterapia foi linchada em “praça pública”.

É até compreensível esse tipo de comportamento quando se tem em vista o tempo (muuuuuitos anos) que os homens levaram para aceitar o “exame de toque retal” como um dos seus grandes aliados na prevenção de câncer de próstata.

Compreensível, mas não aceitável. Enquanto prevalecia um reles preconceito quanto ao “exame de toque retal”, muitas vidas foram perdidas inutilmente para o câncer.

Da mesma forma, os benefícios da Ozonioterapia no combate aos sintomas de Covid vêm sendo renegados por puro preconceito.

A Ozonioterapia integra as Práticas Integrativas e Complementares do Sistema Único de Saúde reconhecidas pelo Governo Federal desde 2006. A técnica é de livre uso na Alemanha e outros países da Europa, inclusive em hospitais como primeira opção de tratamento. No Brasil ainda não é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina, mas vem sendo aplicada por terapeutas com formação específica na área.

A Ozonioterapeuta Michele Machado atua em Porto Alegre e na Serra Gaúcha há quatro anos e é entusiasta da técnica. “Os benefícios são inúmeros. O ozônio promove uma oxigenação celular que resulta na oxigenação de todos os órgãos. A microcirculação é ativada e o organismo se torna mais alcalino, com maior resistência para combater doenças já instaladas, bem como vírus, bactérias e infecções em geral”, afirma Michele.

Aplicações

Produzido a partir de oxigênio medicinal, o ozônio é um gás com importantes propriedades analgésicas, anti-inflamatórias e antissépticas.

Existem várias formas de realizar a Ozonioterapia: aplicando o gás diretamente na pele, via intravenosa ou intramuscular e até mesmo na forma de óleos ozonizados para aplicação externa. Além disso, também são usadas outras técnicas, como a injeção intradiscal, paravertebral ou insuflação retal, em que é introduzida uma mistura de ozônio e oxigênio através de um cateter no cólon.

“Já ficou comprovado que a via retal tem o mesmo efeito que a intravenosa e é uma forma de tratamento menos invasiva. O ozônio é aplicado através de uma sonda uretral finíssima que penetra apenas 3cm no cólon”, explica a profissional.

Os resultados positivos da Ozonioterapia já foram constatados para o tratamento de câncer e outras comorbidades, seja no alívio de sintomas e de efeitos colaterais ou mesmo para melhor absorção dos medicamentos alopáticos. A ozonioterapia é aplicada de forma complementar, nunca substituindo os tratamentos tradicionais.

Atuando há três anos como ozonioterapeuta em Flores da Cunha-RS, Adriana Zanella Gavazzoni constatou durante a pandemia uma procura muito grande da Ozonioterapia para melhora da imunidade. Adriana também vem tratando pacientes pós-Covid. “A Ozonioterapia reduz e/ou elimina os sintomas de dores e cansaço típicos de quem teve a doença. Na Itália os pacientes recebem o tratamento dentro dos hospitais, durante a doença com ótimos resultados”, observa a profissional.

A ozonioterapia leva também à inativação de bactérias, vírus, fungos e parasitas. Nas bactérias atua através de um mecanismo que interrompe a integridade do envelope celular bacteriano, levando à oxidação dos fosfolipídios e lipoproteínas.

Nos fungos, o ozônio inibe o crescimento celular em certos estágios. Em vírus danifica o capsídeo viral e perturba o ciclo reprodutivo ao interromper o contato entre o vírus e a célula com a peroxidação.

Usos e contra-indicações

O ozônio pode ainda ser usado para o tratamento de feridas, aplicando o gás diretamente na região afetada. O ozônio pode também ser usado para tratar doenças inflamatórias, como artrite, reumatismo, degeneração macular, hérnia de disco, problemas circulatórios, síndrome respiratória aguda grave, em sintomas hipóxicos e isquêmicos e para diminuir o colesterol no sangue. O ozônio auricular, aplicado diretamente nos ouvidos, é utilizado com muito sucesso para infecções nas vias aéreas.

Na Odontologia,, o ozônio já é empregado rotineiramente contra cáries, dores maxilares e infecções na gengiva. Também tem função na limpeza de canais e na reparação tecidual pós-cirurgia.

O ozônio medicinal está contraindicado em casos de gravidez, assim como em pacientes com infarto agudo do miocárdio, hipertireoidismo não controlado, anemia, intoxicação alcoólica ou problemas de coagulação.

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