Livros à mão cheia

Diário de versos escritos na pandemia é destaque entre os lançamentos da Feira do Livro de Caxias

Redação NBE

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27/09/2022
Livros à mão cheia Severino Schiavo

2 min de leitura

A 38ª edição da Feira do Livro de Caxias do Sul inicia no dia 30 de setembro e segue até 16 de outubro, na Praça Dante Alighieri, neste ano com o tema “Tudo é Leitura”. Tem como patrona a escritora Maya Falks e o Amigo do Livro, o jornalista, escritor e professor Décio Bombassaro.

Entre os lançamentos, destaque para “A Estrada de Damasco, um diário escrito em versos em tempos de pandemia”, concebido pela poetinha Bernardethe Pierina Ghidini Zardo ao longo de 2020, durante a pandemia de Covid-19 e o distanciamento social.


Todos nos sentíamos meio perdidos como se estivéssemos numa terra estranha. Sempre vivemos dos encontros, mas, a partir da pandemia, precisamos aprender a viver a vida de despedidas


O livro tem sessão de autógrafos agendada para o dia 1 de outubro, 16h, no Espaço 2 da Feira do Livro. A publicação conta com financiamento da Lei Municipal de Incentivo à Cultura (LIC), com apoio cultural de Empresas Randon, Instituto Elisabetha Randon e Racon Consórcios.

Escrever poesias diariamente foi uma forma de encontrar “um caminho” em meio ao rigoroso isolamento vivenciado pela autora de 77 anos que, devido a comorbidades, precisou se afastar de amigos e familiares. “Todos nos sentíamos meio perdidos como se estivéssemos numa terra estranha. Sempre vivemos dos encontros, mas, a partir da pandemia, precisamos aprender a viver a vida de despedidas”, lembra Bernadethe.

A poeta que sempre adorou contemplar e dissecar as palavras encontrou a cura de seu desassossego na sua procura (pró+cura) que resultou na ideia de um diário de poesias como forma de expressão das suas emoções.

“A gente escutou muito na pandemia que as pessoas, por estarem sozinhas, sofreriam de solidão. O oposto da solidão não é estar junto, mas ter intimidade. E a poesia nos permite a intimidade. Palavras por vezes nos despem e, ao mesmo tempo, nos agasalham com amor e carinho. Foi a minha forma de relacionar-me”, define a poeta.

No período compreendido entre março e dezembro de 2020, a poeta debruçou-se sobre os seus sentimentos e, de forma sensível e delicada, aprisionou-os no amplo universo da poesia, presente até mesmo na apresentação do livro em formato de prosa:

“Por esses dias, alivio o meu medo e as minhas tensões sustentada pelo fazer poético, bebendo cada verso como se fosse alimento e remédio à minha alma e às minhas mãos, pombas presas na incerteza se um dia vão voar.

No afã do medo, do sofrimento e da solidão, me quedo diante de Deus e da Nossa Senhora do Silêncio. O poema me mostra a estrada de jogos, de espólios e de espelhos que sempre acusamos de serem falsos. Quão verdadeiras as palavras de um poema nascido da alma e da lágrima.

(...)

Versos e lágrimas fazendo-se luz e sombra pela tortuosa estrada de Damasco. Cada poema é uma pegada deixada ao longo da estrada.”


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