Menor teatro do mundo será apresentado em Ipê-RS
O espetáculo “Despertar” será uma das atrações das comemorações dos 40 anos do Centro Ecológico, que acontece nos dias 25 e 26 de outubro

“Despertar” conta a história de um filhote de águia que, após ser encontrado por um homem e seu cão, viveu num galinheiro. A águia cresce e certo dia é levada de volta ao seu habitat natural.
O espetáculo foi criado na modalidade do teatro miniatura, também conhecido como teatro lambe-lambe. O formato é considerado o menor teatro do mundo porque acontece dentro de uma pequena caixa cênica portátil. Bonecos e cenários são miniaturas que encenam a história sem o uso da palavra, ao som de trilha sonora.
Este espetáculo tem duração de 3min40s e conta com os recursos cênicos de iluminação, trilha sonora, cenários, bonecos e outros objetos, que trazem uma atmosfera poética e o encantamento do teatro de bonecos. Para assistir, são três espectadores por vez, sentados em frente a caixa, com fones de ouvidos, que assistem por uma das janelas da caixa.
Esta modalidade do teatro de animação contemporâneo é genuinamente brasileira. Inspirada nos antigos fotógrafos de rua chamados lambe-lambes e, há mais de três décadas, em todos os continentes são realizados festivais nesta técnica, geralmente em espaços abertos alternativos de cultura.
As apresentações ocorrem no dia 25, das 16h às 18h30, e no dia 26, das 14 às 16h30.
O tema
“Despertar” foi livremente adaptada da história ouvida por Leonardo Boff do povo africano de Gana, África Ocidental, que ele conta no livro A Águia e a Galinha.
É um convite para estarmos em estado de presença plena na vida, integrando a galinha e a águia dentro de si, nutrindo as raízes para um dia subir ao cume da montanha e acordar para as realidades físicas e espirituais da vida.
Sobre a atriz
Regina Soares se considera uma brincante do teatro de bonecos atuando nos últimos anos como atriz convidada em montagens teatrais realizadas nas cidades de Ipê, onde mora, e Antônio Prado.
Realiza apresentações de seu trabalho quando tem oportunidade para pessoas que não tem acesso ao teatro, no meio rural e nas escolas de periferia. Através de sua arte, realiza as democráticas rodas de conversa que evocam memórias e acolhem os sentimentos do público.
Regina Soares conheceu o teatro de bonecos com o pantomímico argentino Hector Grillo em 1978, em Manaus/AM. Nos dois anos seguintes atuou com o Grupo Dadá em Curitiba/PR e seguiu ministrando oficinas sobre “O teatro de bonecos enquanto instrumento da prática pedagógica” para professores, pacientes de hospital psiquiátrico, manicômio judiciário, sistema penitenciário e instituições de acolhimento de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social em Cascavel/PR, Vitória/ES, Caxias do Sul e algumas cidades da região nordeste do RS.