Psiconeuroimunologia e Epigenética

Conhecimentos sobre a Epigenética podem ser constatados em várias religiões

Redação NBE

Redação NBE

28/08/2022
Psiconeuroimunologia e Epigenética Adobe Stock/NBE

4 min de leitura

A cada dia se sabe mais sobre quais são os hábitos, posturas mentais e atitudes sociais que ajudam a prevenir doenças ou mesmo curá-las.

Mas até onde temos verdadeiramente o poder e o controle sobre a mente e o corpo?

Duas novas especialidades científicas ainda pouco conhecidas, a Psiconeuroimunologia e a Epigenética, vêm se debruçando sobre esta resposta.

Psiconeuroimunologia

A Psiconeuroimunologia investiga as ligações entre a psiquê e os sistemas nervoso e imunológico com o aparecimento de doenças.

A relação entre emoções e saúde é comprovada cientificamente, embora esse conhecimento ainda não tenha sido transferido de forma adequada para as consultas dos médicos convencionais.

Especialistas em Psiconeuroimunologia provaram que as emoções influenciam o funcionamento da glândula pituitária - que regula a produção de hormônios. Eles observaram, por exemplo, que as emoções negativas aumentam os níveis sanguíneos de hormônios do estresse que suprimem o sistema imunológico.

Mas, atenção! O fato de que certos pensamentos e emoções - que teoricamente estariam sob nosso controle - podem comprometer a saúde, não significa que sejamos os culpados pelas doenças que sofremos. Nosso organismo é muito complexo e não obedece apenas à vontade da mente consciente.

Além dos universos do consciente e inconsciente de cada um, muitos outros elementos também influenciam e podem até determinar nosso grau de saúde ou de doença: a constituição genética, as condições ambientais, as condições socioeconômicas e mesmo acontecimentos eventuais.

Epigenética

Outra parte dos “segredos da saúde” vem sendo explicada pela Epigenética, a ciência que trata do estudo da hereditariedade.

O neurobiólogo canadense Michael Meaney está entre os pesquisadores a demonstrar que mudanças na dieta, exposição a certos elementos do ambiente, intensidades das relações e o modo como vivemos a vida podem até mesmo alterar nosso DNA.

O estudo do comportamento epigenético demonstrou, por exemplo, que, se seus pais passaram por alguma situação muito difícil como guerra e fome, ou viram cenas marcantes, foram maltratados, etc., você pode carregar esse impacto emocional nos próprios genes.

Por outro lado, os cientistas epigenéticos dizem também que o fato de herdarmos as experiências vividas pelas gerações anteriores pode nos tornar mais resilientes e capazes de encontrar novos caminhos para a vida. Assim, essa herança genética emocional vai se manifestar como uma predisposição a perceber o mundo de uma determinada forma, tanto positivamente quanto negativamente.

Essas descobertas relativamente recentes da ciência ocidental já eram do conhecimento de várias religiões orientais milenares, que ensinam sobre o “karma familiar”, e está presente na cosmologia dos indígenas americanos, que falam sobre a influência intergeracional.

Os tratamentos xamânicos ou mesmo aqueles realizados nos templos da Grécia clássica, por exemplo, tinham por objetivo produzir uma impressão profunda na mente do paciente, a fim de gerar uma mudança no curso de sua doença.

A medicina tradicional chinesa, o Ayurveda indiano ou a homeopatia moderna também sempre levaram em conta as emoções envolvidas, como mais um sintoma e um aspecto da terapia.

Os conhecimentos da Epigenética podem ser constatados em várias religiões – com outras linguagens e formato, evidentemente – e mais recentemente passaram a integrar as terapias de Constelações Familiares.

Fatores que influenciam a autocura

O corpo tem uma capacidade inata de se autocurar, mas alguns fatores podem influenciar este processo, tais como:

  • EMOÇÕES E HORMÔNIOS

Todos nós temos a intuição de que, quando não estamos nos sentindo bem emocionalmente, a probabilidade de adoecer é maior.

As conexões entre fatores emocionais e vulnerabilidade à doença ficaram explícitas nas pesquisas sobre a trajetória de pessoas infectadas, por exemplo, pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV).

Humor deprimido, falta de esperança ou sentimento de impotência causam um rápido declínio nas células imunes T auxiliares.

Em contraste, as pessoas que não se deixam dominar por emoções negativas e não sofrem tanto permanecem sem sintomas da doença por mais tempo, mesmo infectadas, e estão entre as que mais sobrevivem após o início da síndrome.

  • ESTRESSE

Eventos estressantes da vida, como a perda de um ente querido, a separação conjugal, o período de exames, a pressão do trabalho, o cansaço físico e/ou mental, ansiedade, depressão, entre outros, podem alterar a eficácia do sistema imunológico e favorecer o desenvolvimento de infecções e outras doenças.

  • UMA MENTE POSITIVA

Da mesma forma que as emoções negativas podem causar um desequilíbrio no corpo e levar à doença, as emoções positivas promovem a cura.

Mesmo aqueles aspectos considerados muito distantes da saúde, como criatividade, ética, religião ou política, podem exercer uma ação decisiva por meio de sua influência sobre as emoções. O otimismo, ainda que pareça uma atitude ingênua diante de uma realidade adversa, será um antídoto para preservar a saúde e o bem-estar.

  • RELAÇÕES SOCIAIS

A solidão e a falta de relacionamentos sociais são um fator de risco comparável ao tabagismo, pressão alta, obesidade ou sedentarismo.

Os contatos sociais são considerados fundamentais para a biologia humana. Temos a necessidade fundamental de pertencer a um grupo e de nos apoiar nele e essa necessidade dirige os nossos pensamentos, sentimentos e comportamentos.

Estudos pioneiros de David Spiegel, da Universidade de Stanford (EUA), mostram que relacionamentos sociais positivos ajudam a superar situações estressantes e apoiam o funcionamento do sistema imunológico.

Para saber mais, leia também:

Atitude em relação à doença faz diferença

Compartilhe

Redação NBE

Redação NBE

Nosso Bem Estar é uma rede de mídias com o propósito de ajudar você a viver bem, de forma natural, saudável e justa.

Também pode te interessar

blog photo

10 benefícios do suco de uva para a saúde

Campanha nacional de marketing "Naturalmente Brasileiro - Bem-Estar, Saúde e Sabor" promove bebida como escolha saudável para todas as idades

Redação NBE

Redação NBE

blog photo

Em dias frios, não esqueça da água

Ao contrário do que muita gente pensa, beber água em dias frios é tão importante quanto no verão. E ajuda a perder peso

Redação NBE

Redação NBE

blog photo

Conheça os benefícios do Thetahealing

Técnica terapêutica energética criada há quase trinta anos, o Thetahealing atua identificando e transformando crenças limitantes, além de trabalhar sentimentos e auxiliar na resolução de problemas

Redação NBE

Redação NBE

simbolo Bem Estar

Receba conteúdos que te inspiram a viver bem

Assine nossa newsletter e ganhe um universo de bem-estar direto no seu e-mail