No Outono caem as folhas. E os cabelos?
Especialista indica o que observar e como tratar
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Enquanto a alta luminosidade do Verão acelera o ciclo de crescimento do cabelo, a chegada do Outono traz consigo a baixa de luminosidade, com os dias mais curtos, o que colabora para que a queda se acentue. Não raramente tomamos um susto com os “tufos” de cabelo que aprecem no banho e/ou na escova nesta época do ano.
A médica Marina Elisa Rombaldi, especialista em Tricologia (estudo dos cabelos), tranquiliza: “é normal a queda de 100 a 150 fios de cabelo por dia”.
Mas como dificilmente alguém irá se dedicar a essa contagem de fios, ela recomenda observar os sinais de alerta: 1- Perdas acentuadas e continuadas (acima de seis semanas); 2- Cabelo ficando mais fino 3- Aparecimento de falhas (ou aumento de falhas) em determinadas regiões do couro cabeludo.
Em ambos os casos, a médica tricologista recomenda procurar um médico, pois tratar o problema no início gera resultados muito melhores e mais rápidos.
Causas variadas
Os motivos para a queda de cabelo são inúmeros, mas de maneira geral é considerada uma resposta do organismo para alguma agressão que sofreu. No caso de um estresse emocional, por exemplo, a queda começará a se acentuar em torno de três meses após o episódio gerador.
A causa pode ser também uma deficiência vitamínica, mineral ou hormonal. É comum ser resultado de alguma infecção, pós-cirurgia ou pós-parto.
Ao longo da pandemia de Covid, a médica constatou em seus pacientes uma queda mais intensa, seja por problemas de estresse, depressão ou pela infecção por Covid. “O que se observa é cada vez mais pessoas com alterações do couro cabeludo e o aumento de incidência entre jovens com menos de 30 anos”, afirma Marina Rombaldi.
Segundo a tricologista, é comum as pessoas irem driblando o problema com cosméticos, estéticas ou soluções caseiras e o quadro acabar se agravando.
O cabelo é um indicador de equilíbrio. Pode parecer um caso simples, mas todo caso merece uma boa investigação e um tratamento individualizado.
Se a raiz do problema não for identificada e tratada, o transtorno pode se tornar cíclico, agravando ainda mais o quadro. A gente busca identificar o fator desencadeante e trabalhar com outros profissionais para solucionar. Conforme o caso vamos agregar um nutricionista, endócrino, psicólogo ou outro profissional necessário - explica a médica.
As opções de tratamento para recuperação são inúmeras e a resposta vai depender da gravidade. Algumas vezes a recuperação leva meses e, por isso, é necessário paciência e perseverança.
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