Feijão, feijão, feijão

Alimento está na história da humanidade

Redação NBE

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27/03/2023
Feijão, feijão, feijão AdobeStock/NBE

3 min de leitura

Quando os portugueses aportaram no Brasil, os povos originários já utilizavam o feijão na sua alimentação. Os indígenas chamavam a semente de “comanda” e a comiam misturada à farinha de mandioca.

No período do Brasil Colônia, o feijão ganhou a senzala, misturado a sobras de cortes de carnes não aproveitadas pelos senhores dos engenhos e fazendas, como orelha, focinho e rabo do porco e do boi. Era o início da popularização da feijoada no Brasil.

Há algumas hipóteses arqueológicas para o início do cultivo do feijão no mundo. As principais são de que ele tenha sido plantado por volta de 10 mil a.C. na América do Sul, no atual Peru, e dali tenha sido levado para o restante das Américas. No México, foram encontrados plantios datados de 7 mil a.C..

Na verdade, os vários tipos de feijões estão entre os alimentos mais antigos do mundo. Há registros de seu cultivo também no Egito Antigo, na Grécia e no Oriente Médio, cerca de 1.000 a.C.. No Império Romano, eram usados em festas gastronômicas e até como dinheiro.

Nas ruínas de Tróia, foram encontradas evidências de que os feijões eram o prato principal entre os militares. O que contribui para a teoria de que a disseminação do feijão pelo mundo ocorreu devido às guerras, já que a semente era a base da dieta dos exércitos em marcha.

Curiosidades

  • No Brasil, cada região tem preferência por um tipo de feijão, conforme a história e a cultura de cada localidade. Há grande diversidade de cores, tamanhos e sabores, que incluem tipos como o feijão preto, o branco, mulatinho, vermelho, roxinho, carioquinha, fradinho, manteiguinha e feijão de corda, entre vários outros.
  • No Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro, a preferência é pelo feijão preto, consumido com farinha, arroz e abóbora-moranga.
  • Em Santa Catarina, prefere-se o feijão branco no dia a dia. Em quase todo o Nordeste, fazem sucesso o feijão de corda, consumido sem caldo no baião de dois, e o mulatinho, preparado com abóbora e/ou mandioca.
  • Na Bahia, o feijão de corda, também chamado de fradinho, é o principal ingrediente do acarajé e do abará. No Centro-Oeste, ganha destaque o rosinha. Mas, em todo o país, é bastante consumido também o feijão carioquinha, de grãos médios e cozido rápido.
  • O feijão possui vitaminas B e C e é excelente fonte de proteína, carboidratos e minerais, em especial o ferro.
  • É recomendado deixar o feijão de molho por algumas horas e trocar a água antes de cozinhar, a fim de reduzir a presença dos oligossacarídeos, responsáveis pela fermentação, flatulência e má digestão. Com o feijão de molho, o cozimento se torna mais rápido e seus nutrientes são melhor absorvidos.
  • Conforme dados do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) 70% da produção de feijão no Brasil é oriunda da agricultura familiar.
  • O Brasil também figura entre os cinco maiores produtores de feijão no mundo e entre os maiores consumidores.
  • Nos Estados Unidos, costuma-se comer feijão com bacon e melado.
  • Na França, os preferidos são os feijões graúdos, brancos ou vermelhos, e sem caldo.
  • No México, a preferência é comê-lo frito, sem o caldo e com chili, uma pimenta picante.

Fontes: Conafer - Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais e Idec – Instituto de Defesa do Consumidor.

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