Arroz nosso de cada dia

Maior parte da produção é oriunda das cooperativas do MST

Redação NBE

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20/09/2022
Arroz nosso de cada dia Fotos: Tiago Giannichini

4 min de leitura

De acordo com Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), a maior produção de arroz orgânico da América Latina está no Rio Grande do Sul e sua maior parte vem, há mais de 10 anos, das lavouras de assentamentos agrícolas do MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.

Um assentamento é um conjunto de unidades agrícolas instaladas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em locais onde originalmente existia um imóvel rural improdutivo. Conforme prevê a Constituição Brasileira de 1888, uma área de terra não utilizada de maneira devida, pode ser legalmente desapropriada.


São 296 famílias, em 14 assentamentos, que cultivam mais de 15,5 mil toneladas em cerca de 3200 hectares. O cultivo principal é de arroz orgânico nas variedades agulhinha e cateto.


O Grupo Gestor do Arroz Agroecológico faz parte do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e foi criado para consolidar a cadeia do arroz agroecológico, a fim de que os agricultores melhorassem sua renda com a produção. Diferentemente da maior parte da agricultura nacional, a produção do MST não visa o lucro. Com forte sentido de solidariedade, as cooperativas do MST doaram mais de 700 toneladas durante a pandemia para pessoas em situação de risco alimentar.

Mais de 15 mil toneladas

A reconhecida produção gaúcha do arroz agroecológico do MST é coordenada por nove cooperativas do Movimento. A primeira experiência do MST na produção de arroz orgânico surgiu há 20 anos na região metropolitana de Porto Alegre e hoje está presente em 11 municípios gaúchos das regiões Metropolitana, Sul, Centro Sul e Fronteira Oeste.

São 296 famílias, em 14 assentamentos, que cultivam mais de 15,5 mil toneladas em cerca de 3200 hectares. O cultivo principal é de arroz orgânico nas variedades agulhinha e cateto.

A produção do MST abastece o mercado gaúcho com as marcas Terra Livre Agroecológica, Coopan, Coopat e Origem Orgânica. Em nível nacional existem outras marcas, como as Raízes do Campo, que comercializam o arroz agroecológico gaúcho.

Recentemente, a Cooperativa de Produção Agropecuária dos Assentados de Tapes (Coopat) recebeu a certificação de “Orgânico” também para outros produtos, como a farinha de arroz e flocos de cereal.

Comemoração

Todos os anos em março acontece no assentamento de Nova Santa Rita – região Metropolitana - a Festa da Colheita do Arroz Agroecológico.

O evento organizado pelos integrantes da Cooperativa de Produção Agropecuária Nova Santa Rita (Coopan), é aberto ao público, mediante agendamento.

“Para nós do MST, a Colheita do Arroz Agroecológico tem uma enorme importância. Queremos celebrar esse momento com a sociedade gaúcha e brasileira, pois essa é uma construção coletiva das cooperativas e das famílias assentadas. A nossa produção orgânica é uma alternativa, onde a vida das pessoas e o cuidado com a natureza estão acima do lucro”, pontua Marildo Mulinari, da Coopat.

Arroz Biodinâmico

Próximo à capital gaúcha, no interior da pequena cidade de Sentinela do Sul, é produzido desde 1983 um tipo diferenciado de arroz baseado no princípio da agricultura biológico-dinâmica.

Conhecido como arroz biodinâmico, chega ao mercado com a tradicional marca Volkmann e já foi apontado em congressos de agroecologia como “o melhor arroz do mundo”.

É considerado um produto de alta qualidade cujo grão é proveniente de um processo de cultivo diferenciado, que une as forças cósmicas e as terrenas para oferecer um alimento vivo. Por conta disto apresenta alto teor nutritivo, sabor e textura únicos e um delicado equilíbrio entre nutrientes e forças formativas.


RECEITA ARROZ INTEGRAL MACROBIÓTICO

Ingredientes

  • 2 copos de arroz integral cateto
  • 3 copos de água
  • 1 colher rasa pequena de sal

A quantidade de água pode variar conforme o arroz seja mais novo ou o clima mais seco. Mas a correspondência média é sempre 50% a mais de água do que de arroz.

Modo de preparo

  • Coloque os ingredientes numa panela de pressão e leve ao fogo.
  • Inicie com fogo brando por 3 minutos. Aumente para fogo médio por mais 3 minutos e depois em fogo forte até a válvula da pressão chiar.
  • Mantenha esta chama por 1 a 2 minutos e reduza para fogo médio por 1 minuto.
  • Em seguida, reduza para fogo brando por 40 a 60 minutos, conforme a quantidade de arroz.
  • Aumente para fogo forte por 5 a 10 minutos, passe para fogo brando por 3 a 5 minutos.
  • Apague o fogo e deixe em repouso por 5 a 10 minutos.
  • Confira que a panela esteja sem pressão antes de abrir a tampa.
  • Sirva com gersal.

Fonte: livro “A Arte Fundamental da Vida”, de Bernadete Kikushi


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